Blog do Juarez

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A polêmica do banheiro público e as novas resoluções pro LGBT

Assistimos ultimamente no rastro do reacionarismo e antipetismo radical (e porque não dizer majoritariamente irracional ? ),  que assola o país, e em especial as redes sociais, um sem número de postagens e publicações que descaradamente deturpam notícias e fatos e forjam factóides, com a clara intenção de causar indignação e açodar o sentimento reacionário e principalmente antigovernista; o grande problema é para isso se utilizam de meias-verdades, completas-mentiras, conceitos errôneos e absurdização terrorista,  tudo prontamente reproduzido integralmente e sem maiores análises críticas,, por quem está ideologicamente afinado com o “antipetismo incondicional’,  afinal o que interessa é “atirar no PT e no Governo”, se por motivo justo e baseado em verdades ou  mentiras e deturpações pouco importa… .

Dessa vez o mote são as resoluções recentemente assinadas pela Presidente da República, relativas a população LGBTT,  uma delas determinando que estudante pode usar banheiro de escolas e universidades públicas ou privadas segundo sua identidade de gênero, garantindo também à  comunidade trans o  uso de nomes sociais e uniformes de acordo com sua identidade.

A deturpação começa ao desconsiderando o conceito de gênero, levar as pessoas a crer que isso institui o uso indistinto dos banheiros, ou o compartilhamento dos banheiros femininos por mulheres e toda sorte de gays, ou de quem assim se declare ao acessar e ser questionado pela presença. vide (http://www.cabralarrependido.com.br/2015/05/agora-e-lei-lgbt-podem-escolher-qual.html?spref=fb ), continua ao sugerir que seria uma nova regra geral extensível a todo tipo de banheiro público, apelando para uma sensação de “insegurança que se instalará” pondo em perigo mulheres e filhas… ..

Obviamente que a coisa não é por ai…, algumas mulheres compreensivelmente a partir dessa deturpação demonstram preocupação em ter sua privacidade e “segurança” ameaçada por “homens” em seus banheiros, o que não se justifica, pois a resolução fala em acesso conforme identidade de gênero e não “livre para todo homossexual” (que são coisas distintas…), ou seja, não se concebe ter “marmanjos” que por simplesmente se declararem “gays” (ou até o serem verdadeiramente) “pre-autorizadamente invadiriam” os banheiros femininos…, do que se está falando aqui é de pessoas TRANS, ou seja, que possuam “feminilidade” (ou masculinidade no caso dos trans masculinos) tão alta, a ponto de nem serem percebidas de forma “diferente” ou em geral deixando boa “dúvida”, abaixo alguns exemplos femininos:

Trans

É muito provável que a maioria das mulheres já tenha estado com um Trans no banheiro sem nem perceber…, é claro que nem todas as trans “passam” facilmente (não são identificáveis como, à primeira vista ou contato), as travestis por exemplo, são bem mais óbvias, mas o “nível de feminilidade” não se confunde com o de alguém meramente “se fazendo passar por” ou verdadeiramente gay,  para quem se preocupa com “ataques sexuais”, “casquinhas” e “eventuais constrangimentos”, sem querer ser generalizador é bom lembrar que é muito mais provável que isso aconteça vindo de uma lésbica (que como mulher frequenta normal e sem maiores problemas o banheiro feminino…) do que vindo de uma trans…, portanto argumentar “perigo” ou “inconveniência” no acesso de trans é no mínimo falacioso .

As reivindicações dos movimentos LGBTTs não são novas e a legislação relativa não é “novidade” nem “invenção ou exclusividade” do PT…, no Amazonas (que nunca foi governado pelo PT) por exemplo existe a Lei N. 3.079, de 02 de agosto de 2006 que DISPÕE sobre o combate à prática de discriminação em razão de orientação sexual do indivíduo, a aplicação das penalidades decorrentes e dá outras providências,  outro ponto é a confusão que normalmente se faz nos conceitos relacionados a temática, como a mera orientação sexual e a identidade de gênero, entre Gay e Transgênero/transexual, conceitos claros para quem tem alguma entrada nos estudos de gênero, mas não para todo mundo…, o banheiro comunitário é cultural e historicamente separado por gênero (que em um paradigma tradicional e binário é masculino ou feminino), ocorre que gênero nem sempre coincide com o sexo biológico, não se trata de “unificar” banheiros mas de garantir o acesso por gênero sem discriminação pelo sexo…, uma pessoa trans feminina por exemplo, não é “gay” (pessoa que se atrai por pessoa do mesmo sexo) ela na realidade tem um sexo biológico desconforme com sua real identidade de gênero, em outras palavras, é uma mulher psicologicamente, mas tem uma configuração anatômica de homem e vice-versa… .

Nem mesmo nos ambientes GLS é comum a ideia de “banheiros únicos”, porém é convenção que as pessoas do gênero feminino (independente do sexo biológico) utilizem o mesmo banheiro…  idem no caso do banheiro masculino porém com menor ocorrência, está franqueado para pessoas trans de gênero masculino.

A questão portanto, está no perfeito entendimento do que é gênero e o que é sexo…, a ideia de  que “o costume consolidado é que evolui para a aprovação da norma jurídica” não é plena, as vezes é o estabelecimento da norma, que determina a alteração no costume generalizado, e estamos vivenciando o momento em que tais alterações de costumes em relação a população LGBTT estão em consolidação, porém devido a uma resistência que na realidade se baseia mais no preconceito que na razoabilidade e tolerância, se exige que por via da norma jurídica, seja garantido o direito social de quem apesar de psicologicamente pertencer a determinado gênero, está “aprisionado” em uma conformação sexual distinta… .

A ideia de segregar  LGBTTs a um banheiro específico, também não se mostra justa, uma vez que em um paradigma tradicionalmente binário de gênero (feminino ou masculino) privar uma pessoa de vivenciar (ou ao menos tentar) plenamente o seu real gênero (o psicológico), é impedir um Direito Humano, portanto não faria sentido fazer “serviço pela metade”, reconhecer o direito a auto-identificação de gênero, ao nome social relativo, à não discriminação pelo gênero, mas negar o acesso a um espaço gênero-relacionado… .

Para visualizar  a notícia em termos mais precisos: http://oglobo.globo.com/sociedade/aluno-pode-usar-banheiro-de-escola-segundo-sua-identidade-de-genero-diz-diario-oficial-15572473


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EXEMPLAR ! (ou quando ignorar ou minimizar não é a opção)

racista-fera-bela

Quando aconteceu 13 dias atrás o repercutido fato do xingamento racista ao goleiro Aranha do time do Santos, não escrevi  nada, idem quando ocorreu o julgamento no STJD – Superior Tribunal de Justiça Desportiva na semana passada ( não tive muito tempo, nem muita disposição para escrever nos últimos dias ), mas isso foi muito bom…, pois com o desenrolar dos acontecimentos, posso fazer hoje um texto mais amplo e mostrar a@ car@ leitor@ mais nuances da questão toda.

Já que o caso  já está bem conhecido vamos direto ao que interessa:

Primeiro ao resultado do julgamento no STJD; que foi EXEMPLAR, a punição ao clube (desclassificado do campeonato e condenado a pagar multa) é “pedagógica”, muita gente não entende ou acha “injusto” punir o clube por um ato de uma simples torcedora…, ocorre que o clube lucra com o torcedor (na venda de camisas, artigos, ingressos, etc…) além de estimular uma relação “quase étnica” com a torcida (note que coloquei entre aspas, OK ?, tem gente que não entende metáforas…), ou seja, o clube/time estimula o torcedor e o torcedor estimula o clube/time, e os torcedores do time X se estimulam entre si e contra os “outros”,  o sentimento de pertencimento é semelhante ao dos membros de uma tribo (dai eu ter falado em ” quase étnica” ), cabe portanto ao clube EDUCAR e CONTER  sua torcida contra todo tipo de atitudes e atos negativos (e principalmente criminosos em função dos jogos ou  mesmo fora deles…), ao não fazer isso e não desestimular tais práticas, ele se torna CÚMPLICE; por outro lado, o torcedor tem que entender que seus atos também pesam contra o clube;  quer ser racista, violento, etc ??? “tudo bem !”, mas o time vai pagar por isso…  (e o resto da torcida vai se voltar contra você), e é ai que entra a “pedagogia” da punição do clube.

A punição à arbitragem também foi exemplar…., um dos grandes problemas com o racismo é a complacência, o “não vi nada” , o “deixa para lá” e os “panos quentes” dos que deveriam se indignar e reprovar cabalmente os atos racistas (principalmente quando por questão profissional, não tendo o real poder de evitar, tem a obrigação de ao menos coibir e tomar as providências necessárias com relação ao já ocorrido),  é um exemplo que deveria ser aplicado também a testemunhas, autoridades policiais  e outras, que fazem “corpo mole” e “vista grossa” quando a questão é racismo.

A punição aos agressores, dispensa maiores comentários, simplesmente perfeita…, mas ainda tem a punição criminal, afinal, racismo é crime dentro e fora dos campos, já a execração pública é uma coisa que acontece com criminosos de todos os tipos (pelo menos em geral acontece), é claro que ela tem que ter limites, mas não deve ser “afogada”  nem “reprimida” quando dentro do legal e do razoável, retorna ai o “efeito pedagógico”…, vale a pena “estragar a vida” por preconceitos e práticas irracionais ????, o exemplo é necessário e vai fazer muita gente pensar três vezes antes de arriscar… .

 Segundo,  o tal “Não sou (somos) racista(s)”,  é preciso ficar claro e massificado que  a maioria dos “brancos” brasileiros  TEM SIM MENTALIDADE RACISTA (muito embora não o percebam ou não admitam), assim como há negros que inconscientes se deixam ser afetados placidamente por reflexos de tal mentalidade e os que ainda colaboram com os que a tem;  não vou discorrer aqui um “tratado” sobre o que é racismo e o que é ser racista… (é muito mais complexo do que a maioria imagina ser), porém uma coisa é óbvia no mundo todo, associar pessoas negras a macacos (diretamente, via bananas, ou o que o valha) é um dos mais descarados e conhecidos ato de racismo, não tem “outra intenção”, nem tem “justificativa”, MACACO sempre foi e é uma ofensa racial e especialmente direcionada a negros (há raras exceções como o “gorila” aplicado à “brutamontes” em geral), e tem como intenção NEGAR ao outro a condição de humano, coloca-lo em uma situação de inferioridade, a história mostra a questão dos “macaquitos” (das guerras cisplatina e do Paraguai) e a própria questão dos gremistas se referirem aos “colorados”  como “macacos” (por ser um time que teve negros pioneiramente), depois da série de casos recentes de racismo no futebol, dizer que “não teve intenção racista”  ou que “desconhecia” a possibilidade de ser assim vista é um grande exercício de “cara-de-pau” .

A movimentação de parte da imprensa  em “amenizar” as coisas, demonstra o quanto é forte a intenção de escamotear o racismo brasileiro e “proteger” os que por desventura sejam apanhados na sua prática, afinal, o racismo mantém práticas efetivas e simbólicas que favorecem o grupo hegemônico, inclusive de forma psicológica ao manter sua ilusão de “superioridade”  e de a mesma lhe garante também impunidade.

Terceiro, a atitude do goleiro Aranha em reclamar do ato racista da torcedora e depois não querer se encontrar com a moça  para que fossem pedidas “desculpas esfarrapadas” revelam um nível de consciência bem maior que de alguns outros jogadores que passaram por situação semelhante, ele entendeu que a coisa ia muito além dele…, fazer parte do circo midiático que se preparava para tentar “limpar a barra” da agressora, não foi uma opção; ele bem o sabia que para o bem do esporte e para o combate ao racismo em geral, a punição e a execração pública tinham uma finalidade mais pragmática e nobre.

Quarto, os comentários das notícias e as redes sociais, um “conhecido” muito culto e que vive majoritariamente fora do país, sempre diz que que são neles que mais aparece o racismo do brasileiro, que vem em forma de justificativas e argumentações estapafúrdias no afã de defender o Status Quo, reacionarismo contra avanços efetivos para as populações não-brancas (em nome de uma “igualdade” meramente formal e desconsiderando ou minimizando a desigualdade material e efetiva), através de relativizações e minimizações dos casos de racismo e não raro em uma técnica meta-racista que é “inverter as coisas” , ou seja,  defendendo e “limpando a barra” dos reais agressores e acusando os indignados e antiracistas de estarem “exagerando”, promovendo “ódio”, “racismo as avessas” e ainda aproveitando para atacar conquistas das populações indígena e negra, como as cotas universitárias e no serviço público, demarcação de terras indígenas e quilombolas e outras ações afirmativas, ou mesmo a própria existência dos movimentos representativos  e datas como o dia da Consciência Negra, etc… .

Por fim, espero que esse episódio e desdobramentos inaugurem uma era de maior efetividade no combate e punição ao racismo, não apenas no futebol, mas em todos âmbitos da vida.


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A falta de noção de Luciano Huck, está ganhando “evidência solar”…

Print da postagem no face, removida .

Print da postagem no face, removida .

Eu até que nutria um simpatia pelo apresentador, simpático, aparentemente humilde e solidário com todos independente de origem, cor,etc…, porém depois do vergonhoso caso da camiseta do #SomosTodosMacacos ( motivado pelo  já exposto aqui no blog, Os comedores de banana e o antiracismo imbecil) e agora com a última mancada do “bom moço”, tá difícil… .

Print da postagem no Twitter

Print da postagem no Twitter

Depois de uma  campanha das autoridades brasileiras “desincentivando” o turismo sexual, e sem nenhuma reflexão crítica prévia, e olha que essa questão das “cinderelas” buscando “príncipes encantados” estrangeiros, não é nada nova e nem pouco conhecida e debatida, já deu até documentário nacional (Cinderelas, Lobos e um príncipe encantado) e vários  filmes internacionais [não raro fazendo o link com  o tráfico humano… para prostituição]), ou seja, o relacionamento premeditado ou fomentado de mulheres (principalmente as de vulnerabilidade social) para com homens estrangeiros é uma das principais portas para um final que raramente se pode dizer “feliz” e honesto,   parece incrível que o apresentador lance uma campanha  justamente incentivando que as mulheres brasileiras  “se joguem”  para cima dos “gringos”  aproveitando a oportunidade  pelas visitas para a  Copa do Mundo da FIFA ( o mais impressionante é que parece não haver uma assessoria para dar um toque e impedir as besteiras do apresentador…, ou será que as ideias micadas vem justamente dela ? ).

Óbvio que depois da repercussão negativa, as postagens seriam retiradas das redes sociais, mas ai já era tarde…, “caiu na rede, já era”, depois que inventaram o print de tela, mentir ou “desdizer” o que foi postado não é mais possível…

Ficou feio Luciano…, muito feio.  #somostodoscafetões e #NãoMeAjudaLuciano.

 


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O CIBERATIVISMO chegou, e veio para ficar…

ciberativismo2Apesar de muita gente estar só agora percebendo o ativismo social e político praticado através da rede mundial de computadores (inclusive a classe política), ele não é exatamente “novo”, já era praticado através de grupos de discussão em listas de email, ganhou alguma força anos atrás com o surgimento das redes sociais como o  já esvaziado Orkut (com seus grupos de discussão e os famosos JPEGs) e amadureceu com  a chegada do Twitter (e suas famosas # / hashtags) e do facebook (que serve muito bem não apenas para campanhas virtuais, mas também organizar e mobilizar para eventos presenciais).

Porém, a consolidação está se dando mesmo é com a utilização de uma ferramenta antiga e velha conhecida da democracia, a petição pública (mais conhecida entre nós como “abaixo-assinado”),  que em suas versões cibernéticas ganharam um novo fôlego e sentido.

Agumas organizações especializadas, oferecem o simples serviço de petição e sem maiores questionamentos ou posicionamentos; outros, não apenas oferecem o serviço de disponibilização de campanhas virtuais através das petições, como também acompanham e realizam a entrega e até o “Lobby” junto as instâncias de poder a quem são direcionadas, é o caso do AVaaz (que significa “voz” em várias línguas européias, do oriente médio e asiáticas ) que é uma ONG surgida no Canadá, mas que pode ser definida com TRANSNACIONAL, como o objetivo de “mobilizar pessoas de todos os países para construir uma ponte entre o mundo em que vivemos e o mundo que a maioria das pessoas querem”. Hoje o Avaaz é a maior plataforma desse tipo no mundo e conta com mais de 20 milhões de membros (participantes) que  se manifestam em uma ou mais das campanhas desenvolvidas.

Para tal segundo o seu site, o faz ” Operando em 15 línguas por uma equipe profissional em quatro continentes e voluntários de todo o planeta, a comunidade Avaaz se mobiliza assinando petições, financiando campanhas de anúncios, enviando emails e telefonando para governos, organizando protestos e eventos nas ruas, tudo isso para garantir que os valores e visões da sociedade civil global informem as decisões governamentais que afetam todos nós”,  importante frizar que no caso do Avaaz não há “neutralidade” ele foi criado para apoiar causas de real interesse popular e humanitário, logo, não aceita campanhas que vão em sentido contrário.

Alguns ativistas mais ortodoxos (e paradoxalmente também boa parte dos que são alvo do ciberativismo) costumam ironicamente dizer que esse é um  “ATIVISMO DE SOFÁ”, os primeiros por não compreenderem direito a dinâmica da sociedade no atual estágio da era da informação em que o presencial cada vez mais perde espaço para o virtual; já  os segundos,  tem obviamente o intuito de tentar minimizar o valor desse tipo de ativismo que é muito mais fácil de ser realizado do que o convencional, com deslocamentos custosos, em conflito com horários de trabalho/estudo e necessidade de infraestrutura e organização (quase sempre dificultosas), ou seja, é mais fácil e  tão eficiente quanto o convencional e portanto não lhes agrada.

O que é preciso ficar claro é que hoje gastamos normalmente muitas horas de nosso tempo no ciberspaço, um evento convencional como uma passeata tem o objetivo de chamar a atenção das autoridades, da imprensa e do público ainda não envolvido, clamando por atenção e solução e demonstrando que existe uma adesão popular (e teoricamente o poder emana do povo, logo a sua “voz” deve ser ouvida), antigamente isso só era possível indo para as ruas e praças, para a frente dos orgãos ou invadindo-os, enfrentando por vezes repressão pesada (gás lacrimogênio, jatos d’água, cães e cacetetes, balas de borracha e em alguns casos de verdade…), hoje, assim como o povo e a mídia estão nas ruas e as autoridades nos gabinetes, também estão todos no ciberspaço, e é possível atingir os objetivos de ambas as formas (melhor ainda se combinando as duas) .

Aliás,  tanto governos e suas instâncias,  como políticos mais antenados (e até a iniciativa privada), já se tornaram muito sensíveis ao ciberativismo, alguns instalando inclusive suas próprias plataformas de petições populares, um exemplo é o “We The People” (Nós o Povo) da Casa branca, em que qualquer petição com mais de 100 mil assinaturas é obrigatoriamente analisada e submetida à apreciação governamental e recebe uma resposta OFICIAL. No Brasil  há projeto no Senado para que a prática da participação popular por meio de petições públicas, tenha maior força e interferência oficial direta nas decisões antes tomadas apenas pelos representantes eleitos do povo (e isso é bom porque permite que a sociedade se manifeste diretamente em questões surgidas nos intervalos entre as eleições ou quando seus representante eleitos não estão de fato representando seus interesses, ou mesmo para apoiá-los quando estão em lutas contra os adversários do socialmente interessante).

E para finalizar, se antes, para mostrar a sua insatisfação e posicionamento, você escrevia um cartaz em cartolina, faixa ou simples folha de papel e ia se aglomerar junto com centenas ou milhares de outras pessoas para ser visto, e quando não conseguia ou tinha dificuldade para ir a essas manifestações, ficava chateado(a), SEUS PROBLEMAS ACABARAM ! , surgiu a PASSEATA ONLINE, você manda a sua foto segurando o cartaz para a página/grupo da campanha e todo mundo (inclusive quem você deseja pressionar) vai ver… , Ó que legal …. 🙂 : http://www.facebook.com/pages/Feliciano-N%C3%A3o-Me-Representa/252153391588919?ref=ts&fref=ts

MODERNO….  🙂 ! curtir


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Preso em Manaus “galã do facebook”

Policiais Civis da Delegacia Especializada em Captura e Polinter (DECP), prenderam Leandro Lentz Bittencourt, 32, acusado de aplicar golpes em mulheres usando as redes sociais , como o Facebook, Orkut e MSN entre outros sites. O homem vivia em sites de relacionamentos e escolhia suas vítimas, geralmente mulheres bem sucedidas. Depois, marcava encontros , seduzia e ganhava a confiança delas para depois aplicar o golpe.
A prisão de Leandro ocorreu por meio de uma carta precatória, já que ele é foragido das justiças de São Paulo e de Santa Catarina. Leandro é condenado nos dois estados por estelionato. Segundo informações do delegado titular da DECP, Carlos Alberto, o homem se relacionava há três meses com uma funcionária pública e foi denunciado pelo ex-marido dela que descobriu que Leandro era foragido da justiça
Momentos antes da prisão, o homem percebeu que estava sendo seguido por policiais em uma rua do bairro Japiim. Ele chegou a tentar fugir na contramão , abandonando o veículo onde estava no meio da rua. Foi quando acabou sendo preso. O homem mora em um condomínio residencial localizado no Distrito Industrial, Zona Sul de Manaus.
Leandro vai ser encaminhado à Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa,no Centro. Ele ficará detido até a chegada dos policiais de São Paulo para onde será recambiado.

Fonte: aCritica

Bem que eu digo que buscar “namoro” via web é coisa de otários (ou de pilantras) , tem gente que não acredita., então… 🙂


Internet: para quem e para quê ?

O presente post não é  para discutir as recentes notícias sobre pesquisas que indicam que a INTERNET banda larga ainda é um sonho distante para muita gente no Brasil todo (principalmente no Amazonas que tem além da menor cobertura, a pior e a mais cara do Brasil …), tampouco as potencialidades educacionais da mesma.

Aqui eu quero compartilhar uma reflexão pessoal, mais que isso, um desabafo…, em relação ao uso que muitos dos que  já  tem algum tipo de acesso vem fazendo dele.

A noção e a esperança que uma maior inclusão digital e cibernética, atuaria como uma grande ferramenta para ampliar o conhecimento e o desenvolvimento pessoal e até mesmo de classes, leva um duro baque ao ver o que muita gente anda fazendo com o seu acesso  INTERNET.

O principal foco dessa triste constatação aparece nítidamente  na web em  três  situações, o uso do MSN, do ORKUT e mais recentemente do TWITTER…, aplicações extremamente popularizadas em todas as camadas sociais (o MSN parece ter caido bastante nas classes mais altas, que migraram para redes mais reservadas e para o SKYPE, assim como também  abandonam o ORKUT  e   tem migrado para redes menos "populares" como o Facebook e Sonico) .

O "alvo" do desabafo é gente que usa o MSN para "teclar" com gente  com quem não tem nenhuma  afinidade/assunto comum que justifique  razoavelmente o contato,  pessoas que nunca viram (e provavelmente nunca vão ver…) ou pior… acabam vendo sim, como nos casos dos não raro desastrosos e decepcionantes encontros reais que sucedem "namoros virtuais" (o mais "idiota" dos usos que podem ser dados à  ferramentas web…).

O Orkut tem efeito ainda pior, pois  os "utilizadores sem noção", além de estabelecerem "amizades virtuais"  absolutamente desnecessárias e sem o mínimo sentido, "queimam o próprio filme" ao adicionar comunidades  comprometedoras, expor fotos no estilo "piriguete" / badboy  baladeiro (e outras fotos bizarras), adicionar pessoas que conseguem usar a ferramenta de forma ainda mais desastrosa para a própria imagem… e para a dos "amigos" (aqueles "malas" que lançam "scraps detonadores" e comentários nada elegantes  nas fotos… e o que é pior…, são mantidos  intactos com todo "carinho" pelos atingidos…); o fato é que tem gente que consegue parecer muito "pior" no ORKUT do que é na realidade…, o que é uma " tremenda roubada", pois a imagem pessoal  no real é  negativada grandemente; hoje o RH de muitas empresas antes de contratar alguém (ou mesmo promover) sempre dão uma "fuçadinha"  no perfil da pessoa…, um encontro afetivo promissor  ocorrido em uma "balada" ou outra situação real pode "desencantar" após o conhecimento da "versão orkut" dos protagonistas… .

A "versão twitter" do mau utilizador da tecnologia,  já é conhecida, primeiro pela enorme quantidade de twittadas que faz em um dia, segundo pela irrelevância da maioria delas…,  ainda tem gente usando o twitter para descrever sua rotina diária, (até uma ida ao banheiro vai para o twitter…), mas a coisa "descamba"  mesmo  quando começam as trocas de mensagens "picantes" ou indiscretas, já vi gente comentando até crise de diarréia… .

Quanto ao uso dos blogs a coisa muda um pouco de figura…, em geral quem se propõe a manter um blog é porque  gosta de escrever (e consequentemente lê muito), apesar de ter muita "tranqueira" na blogosfera, a impressão que se tem é que os blogueiros no geral  sempre tem algo útil ou interessante a dizer nas suas respectivas linhas de atuação preferencial, as diferenças ai ficam mais por conta de questões políticas/ideológicas .

Enfim, a massificação do acesso à INTERNET apesar de estar causando  evoluções e revoluções, tem também reproduzido virtualmente a maior da pobrezas,  a pobreza de espírito…