Blog do Juarez

Um espaço SELF-MEDIA


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VAMOS BRINCAR DE ENEM

A proposta é testar se você sabe de onde vem a noção política de “esquerda” e “direita”, então vamos lá:

Exercício resolvido

(Enem) “Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem.”

HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT, M. (Org.) História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado)

O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se à qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa?

a) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política dominante.

b) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia.

c) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e queriam reorganizar a França internamente.

d) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato com os intelectuais iluministas, desejava extinguir o absolutismo francês.

e) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam justiça social e direitos políticos.

Resolução: LETRA E

Maximilien Robespierre era o líder dos jacobinos no período em que eles estiveram à frente da Revolução Francesa. A ascensão dos jacobinos foi impulsionada pelo apoio do povo, sobretudo dos sans-culottes. Contavam com o apoio da pequena e média burguesia e desejavam ampliar as reformas sociais na França revolucionária. Durante o domínio dos jacobinos, aconteceu o período conhecido como Terror, no qual os opositores dos jacobinos eram sumariamente guilhotinados.

|1| HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014, p. 114.
|2| Idem, p. 119.

OK, então já sabemos na revolução francesa quem eram os Jacobinos, era o povão que junto com a pequena e média burguesia se opunha à aristocracia, ao clero aliado e aos conservadores, generalizados então como Girondinos.

Na Assembleia Jacobinos ficavam no lado esquerdo e Girondinos no lado direito. Resumindo, quem defendia liberdade, igualdade e o lado dos mais pobres era da esquerda, os que defendiam a desigualdade e os interesses dos mais ricos era direita…

Karl Marx, o teórico do socialismo moderno e dos comunistas só iria nascer em 5 de maio de 1818, em Tréveris, Alemanha, ou seja, 24 anos depois da ideia de esquerda e direita ter sido implantada e na França…, portanto nada a ver, limitar hoje o que é ser esquerda ao campo socialista e direita ao que não é socialista. A questão é de “lado dos pobres” e “lado dos ricos”, lado dos avanços sociais ou lado da desigualação e privilégios, lado da solidariedade ou lado do egoísmo, simples assim…

Por isso é que a melhor definição de esquerda hoje é a do Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai, que vai na raiz da ideia.


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LAÇOS FORA, O RETORNO

Colagem

Outro dia fiz uma postagem em que manifestei o desconforto com a apropriação das cores e símbolos nacionais pela direita. Deu alguma polêmica pois há quem acredite que as cores e os símbolos devem ser “retomados”, não “entregues de bandeja” para os “nacionalistas reaças”. Eu particularmente sinto e já se começa a perceber, que há um sentimento generalizado e uma movimentação no mesmo sentido, por uma revisão dessa símbologia.

Não é incomum em todo mundo e períodos esse tipo de revisão, nos acostumamos com o verde e amarelo como representativo, com aquela “história mal contada” de verde das matas e amarelo do ouro e riquezas naturais, quando na realidade o verde na bandeira brasileira representou originalmente a casa de Bragança e o amarelo a casa dos Habsburgo, ou seja, a família imperial brasileira. Mais que a própria família imperial, o verde e amarelo representava um projeto aristocrata de nação, quando se fez independente da metrópole portuguesa, sem contundo uma ruptura sequer na monarquia que era a mesma… sem grandes mudanças para o povão, “mudamos” de colônia escravagista de mais de 3 séculos, para império escravagista por mais 67 anos.

Nem a abolição da escravidão nem a República foram suficientes para “refundar” a nação, seguimos mais de 130 anos sob as cores imperiais, mas não apenas sob elas, sobretudo sob um pensamento elitista, excludente e não menos repleto de coloniedades (e não que eu as vezes não me divirta com algumas coisas burguesas/nobiliárquicas).

Não à toa vemos hoje um presidente da República e não sei quantas pessoas sem nenhum “pedigree imperial” cultuado a bandeira imperial, não à toa o amarelo dos Habsburgo, que virou “canarinho” no orgulho nacional do imperialismo futebolístico de outros tempos (e não que não tenhamos mais “imperadores”, “reis” e outros “nababos de chuteiras”) e migrou para representação da paradoxal união da “alta toscolagem” com a”baixa toscolagem”, todos compartilhando o mesmo trevoso fervor e espírito nefasto e com as mesmas cores que um dia acreditamos que eram na verdade nossas, de todos nós, mas de certo não são mais.

Essa invenção chamada Brasil, que boa parte acredita que começou com um tal de Cabral chegando ao que ele inicialmente nominou de “Santa Cruz/Vera Cruz”, que se expandiu sob as cores da coroa portuguesa em seus estados americanos, mas outros acreditam que só passou a existir praticamente com a independência, de um jeito ou de outro teve várias bandeiras e cores ao longo do tempo, porém a ruptura do “laços fora” com o fim do Brasil colônia, não se repetiu com o fim do Brasil império… está aí para todo mundo ver.

Por mais apego e afetividade que tenhamos aos nossos símbolos, parece que chegamos à uma nova bifurcação de nossa estrada nacional, incontornável ao menos a discussão do que fazer com eles. Conforme diria proféticamente Eduardo Cunha no ato que abriu a “Caixa de Pandora” desses novos tempos, “Deus tenha piedade dessa nação”…


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É cada uma…; é pra rir, chorar ou chorar de rir ???

Quase 26 anos de ativismo e discussão temática (uns 15 na web), e vira e mexe me deparo com uns absurdos, que não sei se é para rir, para chorar, ou para chorar de rir… :-). Hoje tive um “papinho daqueles”, estava comentando em uma dessas  postagens dos outros que envolvia a temática racismo, quando surge na thread uma antiga conhecida do mundo real (com quem costumo ter virtualmente umas desavenças por conta das “coxinhisses” e reacionarismo histriônico), dizendo que na sua visão, o assunto não tinha nada a ver com “raça” ou racismo. Fui responder que na nossa sociedade se observar atentamente todo fato negativo envolvendo pessoas de cores distintas, tende a ter a cor como variável que influencia ou influenciou o quiprocó (ou boa parte dele…) .   A coisa virou uma “bola de neve” com ela negando e minimizando a questão racial e eu dando exemplos do reconhecimento internacional (pela ONU) e nacional (pelo estado brasileiro por meio de diversas instâncias, incluindo o governo federal) da estrutura racista e institucionalizada da sociedade brasileira ( já pensou ver alguém dizer que a ONU não tem credibilidade?, pois é… vivi para ver isso) , até a coisa ficar tensa.  A referência ao uso do termo “raça” vem de um comentário descabido um pouco antes do mostrado no fim da conversa, cujo print (com algumas intervenções, e o nome da interlocutora omitido pois estou discutindo a situação, não a pessoa…) ).

Segue abaixo… :

print-conversa-doida

E ai ? é para rir, para chorar, ou para chorar de rir… 🙂


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Até onde vai a cara de pau da “mídia-má” e dos reacionários brazucas ?

Como já era de se esperar o Ministro do STF Joaquim Barbosa foi parar na capa e páginas da Revista Veja (reflexo e “formadora de opinião” da “elite” de centro à direita e de todo “aspirantado” dos “andares de baixo” de nossa pirâmide social), bem como em generosos artigos dos “jornalões”.

Agora “incensado” e praticamente “lançado” ao posto de “super-herói mor” do país; principalmente com a sua chegada à presidência do STF (“eleito” unanimente por antiguidade, como é praxe da casa e não por “empatia” ou reconhecimento, como parte da mídia desinformadora aparentemente tenta “passar” ao público), porém não se enganem senhoras e senhores; tudo isso é obviamente sem o “deslumbramento” e “gosto” do próprio Ministro, que mais de uma vez já provou que sabe muito bem o que esperar dos que na realidade nunca foram “amigos” e dos que em cima dele sempre tentaram armar e desestabiliza-lo entre outras coisas, pela sua condição de “estranho no ninho” (em vários sentidos), dos quais parcela agora tenta torna-lo “arma útil” para seus interesses inconfessáveis (ou nem tanto inconfessáveis assim…, aliás muito óbvios).

Estes foram os mesmos que travaram luta no sentido oposto de algumas de suas posições como por exemplo a questão das cotas universitárias…(que ele desde sempre defendeu), os mesmos que tentaram e até pouquíssimo tempo atrás não perdiam a oportunidade de pinta-lo como “barraqueiro” e “instável”, os mesmos que se posicionaram do lado contrário quando com coragem impar ousou falar no mesmo tom de pares que lhe agrediam, os mesmos que tentaram ao estilo “teoria da conspiração” lançar dúvidas sobre seus problemas de saúde e a capacidade de continuar onde está…, os mesmos que sempre tentaram usar a sua excepcional presença e trajetória com a cínica intenção de “provar” a já tão desmascarada “democracia racial brasileira” (enquanto ele mesmo nunca deixou de reconhecer a existência do racismo, inclusive contra ele mesmo), enfim os mesmos que agora cinicamente querem “lucrar” em cima de sua imagem e popularidade alcançada em todas as camadas da população, ou sonham “usa-lo” para derrubar  os adversários.

Sábio o ditado popular : ” Quem não os conhecem, que os comprem…” 


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Boris Casoy era do C.C.C…, a situação só piora…

CCC-CASOYDepois da vergonhosa situação protagonizada por Casoy no “caso dos Garis”, vem à tona  mais uma do passado tenebroso do “arauto da cara-de-pau  reacionária” , em excelente trabalho de “jornalismo de flashback” o blog “Cloaca News”, especializado em denunciar a desfaçatez  da “mídia-má” , também conhecida como “Imprensa Golpista”  ou simplemente PIG (Partido da Imprensa Golpista), que “levantou a lebre” ao encontrar e disponibilizar uma edição da extinta revista  ” O CRUZEIRO” de 1968, que escancarou  “os podres” e o nomes da organização de extrema direita C.C.C.

Casoy, fez parte no “ano que nunca acabou” (1968) de tal grupo (o C.C.C. – Comando de Caça aos Comunistas),  formado por “Mauricinhos armados”, responsáveis por vários ataques contra pessoas ou grupos tidos como “subversivos” na ótica ditada durante os governos militares, na época ele era locutor da rádio Eldorado e estudante de Direito.

Tais grupos “subversivos” alvos dos CCC incluiam artistas, estudantes discordantes do regime, religiosos e jornalistas insurgentes, etc… ; os casos mais famosos de ataques foram os dos estudantes do Mackenzie x USP  (1 morto, 3 feridos a bala, dezenas de outros feridos e o prédio da Filosofia da USP incendiado)  e  contra os artistas de RODA VIVA  peça de Chico Buarque de Holanda .

Segundo o apurado, Casoy andava armado e participava ativamente do CCC, mas era considerado “mole” pelos próprios colegas… ( sinceramente ainda não sei se a tal “moleza” é agravante ou atenuante … em um contexto histórico, mas ataques covardes (ou de covardia) parecem ser sua marca registrada faz tempo…).

Aliás, seria uma boa dar uma “cascavilhada” na história de determinadas lideranças que hoje hipocritamente se arvoram em “defensores da pátria”, ” da moral”, “da igualdade” e tem discurso contra todos e tudo que represente ou preveja um país de fato mais democrático, justo e solidário, já fizemos vários posts no blog falando sobre “eles”.

Uma verdadeira VERGONHA…

Abaixo link para matéria do “Cloaca News” :    http://cloacanews.blogspot.com/2010/01/exclusivo-boris-casoy-e-o-comando-do.html


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Joio do Joio, a blogosfera "reaça" e Cia Ltda.

Print de post racista travestido de "cômico" em blog "reaça"

Infelizmente, a mesma popularização da tecnologia  que permitiu  a quebra da exclusividade da comunicação de massa pelos tradicionais e grandes veículos de comunicação (o que por tabela quebrou a hegemonia  ideológica  e político-editorial, que "filtrava" e moldava a informação publicada  de acordo com os interesses de quem "podia mais"), dando assim  "voz a quem não tinha", permitiu ao mesmo tempo, que reacionários de todos os naipes  e o que há de pior no pensamento contrário aos avanços necessários para uma sociedade mais igualitária, justa e solidária,  tivessem também .

Nessa blogosfera "reaça",  que faz "fronteira"  com o clara e indiscutivelmente ilegal, como  Neo-Nazis, White Powers e congêneres, temos os "META" (meta-racistas, meta-classistas, meta-sexistas, meta-homofóbicos, meta-intolerantes religiosos, meta-regionalistas… ), enfim, todo um conjunto de "pensadores reacionários"  que reproduzem através de metalinguagem, um discurso cínico e travestido de "bonzinho", "bem-intencionado" ou "indignado"  visando meramente fazer propaganda e proselitismo (cooptar novos adeptos) para suas ideias. 

Hoje tomei conhecimento de um desses blogs, que travestido de "cômico e indignado",  aproveita para exercitar alguns dos "meta" citados…,  em um post no seguinte link aproveita para "flertar com o racismo", com o preconceito de classe, origem e com  todo o  discurso da "direita frustrada" : http://o-mascate.blogspot.com/2009/06/brogue-da-pretobras.html (e prestem muita atenção nas respostas aos comentários)

Fica bem claro para quem tem um pouco de discernimento, verificar  o que  de fato tenta perpetuar esse pessoal de  "discurso indignado", de "brincadeiras" de péssimo gosto e que insistem que "não estão fazendo nada de mais" , que "a maldade está na cabeça dos outros" ou é pura imaginação/ paranóia de quem reclama…

Não deixem de se manifestar lá e aqui…, além de reproduzir / repassar a notícia.

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." (Martin Luther King)